25 janeiro, 2011

Novas sequelas de Matrix


        Os irmãos Wachowski estão a trabalhar no 4º e 5º capitulo da saga Matrix. A confirmação foi dada pelo actor Keanu Reeves durante a promoção do filme Henry's Crime, em Londres.
        Reeves afirmou que se encontrou com os irmãos Andy e Larry Wachowski no Natal passado, tendo os realizadores afirmado que já tinham os argumentos preparatórios para os novos filmes da saga. Os cineastas afirmaram ainda que ambos serão filmados em 3D e que já travaram contacto com James Cameron para discutir pormenores sobre a tecnologia.
        O actor não escondeu o seu entusiasmo em voltar ao papel de Neo, e sublinhou que a dupla de realizadores pretende que os novos filmes causem tanto impacto quanto o primeiro capitulo da saga.

Óscares 2011 - Nomeações


        Começou a jornada para a 83º edição dos óscares, tendo sido hoje conhecidos os nomeados para os prémios de cinema mais populares.
        The King's Speech e True Grit são os mais nomeados, com 12 e 10 nomeações respectivamente.
        A cerimónia irá decorrer a 27 de Fevereiro em Kodak Theatre, Hollywood.
        Eis a lista de nomeados:

Melhor Filme:
- «Black Swan»
- «The Fighter»
- «Inception»
- «The Kids Are All Right»
- «The King's Speech»
- «127 Hours»
- «The Social Network»
- «Toy Story 3»
- «True Grit»
- «Winter's Bone»

Melhor Realizador:
- Darren Aronofsky, «Black Swan»
- David O'Russel, «The Fighter»
- Tom Hooper, «The King's Speech»
- David Fincher, «The Social Network»
- Joel Coen e Ethan Coen, «True Grit»

Melhor Argumento Adaptado:
- «127 Hours», argumento de Danny Boyle e Simon Beaufoy
- «The Social Networkl», argumento de Aaron Sorkin
- «Toy Story 3», argumento de Michael Arndt; história de John Lasseter, Andrew Stanton e Lee Unkrich
- «True Grit», escrito para o cinema por Joel Coen e Ethan Coen
- «Winter`s Bone», adaptado para o cinema por Debra Granik e Anne Rosellini

Melhor Argumento Original:
- «Another Year», escrito por Mike Leigh
- «The Fighter», argumento de Scott Silver e Paul Tamasy e Eric Johnson; história de Keith Dorrington e Paul Tamasy e Eric Johnson
- «Inception», escrito por Christopher Nolan
- «The Kids Are All Right», escrito por Lisa Cholodenko e Stuart Blumberg
- «The King`s Speech», argumento de David Seidler 

Melhor Actriz Principal:
- Annete Bening, «The Kids Are All Right»
- Nicole Kidman, «Rabbit Hole»
- Jennifer Lawrence, «Winter's Bone»
- Natalie Portman, «Black Swan»
- Michelle Williams, «Blue Valentine»

Melhor Actor Principal:
- Javier Barden, «Biutiful»
- Jeff Bridges, «True Grit»
- Jesse Eisenberg, «The Social Network»
- Colin Firth, «The King's Speech»
- James Franco, «127 Hours»

Melhor Actriz Secundária:
- Amy Adams, «The Fighter»
- Helena Bonham Carter, «The King's Speech»
- Melissa Leo, «The Fighter»
- Hailee Steinfeld, «True Grit»
- Jackie Weaver, «Animal Kingdom»

Melhor Actor Secundário:
- Christian Bale, «The Fighter»
- John Hawkes, «Winter`s Bone»
- Jeremy Renner, «The Town»
- Mark Ruffalo, «The Kids Are All Right»
- Geoffrey Rush, «The King`s Speech - O Discurso do Rei»

Melhor Filme de Animação:
- «How to Train Your Dragon», Chris Sanders e Dean DeBlois
- «L'illusionnist», Sylvain Chomet
- «Toy Story 3», Lee Unkrich

Melhor Direcção Artística:
- «Alice in Wonderland», Robert Stromberg e Karen O'Hara
- «Harry Potter and the Deathly Hallows - Part I», Stuart Craig e Stephenie McMillan
- «Inception», Guy Hendrix Dyas e Larry Dias e Doug Mowat
- «The King`s Speechi», Eve Stewart e Judy Farr
- «True Grit», Jess Gonchor e Nancy Haigh

Melhor Fotografia:
- «Black Swan», Matthew Libatique
- «Inception», Wally Pfister
- «The King`s Speech - O Discurso do Rei», Danny Cohen
- «Social Network», Jeff Cronenweth
- «True Grit», Roger Deakins

Melhor Guarda-Roupa:
- «Alice in Wonderland», Colleen Atwood
- «Io Sono L'amore», Antonella Cannarozzi
- «The King`s Speech», Jenny Beavan
- «The Tempest», Sandy Powell
- «True Grit», Mary Zophres

Melhor Documentário:
- «Exit Through the Gift Shop», Banksy e Jaimie D`Cruz
- «Gasland», Josh Fox e Trish Adlesic
- «Inside Job», Charles Ferguson e Audrey Marrs
- «Restrepo», Tim Hetherington e Sebastian Junger
- «Waste Land», Lucy Walker e Angus Aynsley

Melhor Curta-Metragem Documental:
- «Killing in the Name» (nomeados por determinar)
- «Poster Girl» (nomeados por determinar)
- «Strangers No More», Karen Goodman e Kirk Simon
- «Sun Come Up», Jennifer Redfearn e Tim Metzger
- «The Warriors of Qiugang», Ruby Yang e Thomas Lennon

Melhor Montagem:
- «Black Swan», Andrew Weisblum
- «The Fighter», Pamela Martin
- «The King`s Speech», Tariq Anwar
- «127 Hours», Jon Harris
- «A Rede Social», Angus Wall e Kirk Baxter

Melhor Filme Estrangeiro:
- «Biutiful», México
- «Dogtooth», Grécia
- «In a Better World», Dinamarca
- «Incendies», Canadá
- «Outside the Law (Hors-la-Loi)», Argélia

Melhor Caracterização:
- «Barney`s Version», Adrien Morot
- «The Way Back», Edouard F. Henriques, Gregory Funk e Yolanda Toussieng
- «The Wolfman», Rick Baker e Dave Elsey

Melhor Banda Sonora:
- «How to Train Your Dragon», John Powell
- «Inception», Hans Zimmer
- «The King`s Speech», Alexandre Desplat
- «127 Hours», A.R. Rahman
- «A Rede Social», Trent Reznor e Atticus Ross

Melhor Canção:
- «Coming Home», de «Country Strong», música e letra de Tom Douglas, Troy Verges e Hillary Lindsey
- «I See the Light», de «Tangled», música de Alan Menken e letra de Glenn Slater
- «If I Rise«, de «127 Hours», música de A.R. Rahman e letra de Dido e Rollo Armstrong
- «We Belong Together«, de «Toy Story 3«, música e letra de Randy Newman

Melhor Curta-Metragem de Animação:
- «Day & Night«, Teddy Newton
- «The Gruffalo«, Jakob Schuh e Max Lang
- «Let`s Pollute», Geefwee Boedoe
- «The Lost Thing«, Shaun Tan e Andrew Ruhemann
- «Madagascar, Carnet de Voyage (Madagascar, a Journey Diary)», Bastien Dubois

Melhor Curta-Metragem:
- «The Confession», Tanel Toom
- «The Crush», Michael Creagh
- «God of Love», Luke Matheny
- «Na Wewe», Ivan Goldschmidt
- «Wish 143», Ian Barnes and Samantha Waite

Melhor Edição de Som:
- «Inception», Richard King
- «Toy Story 3», Tom Myers e Michael Silvers
- «Tron: Legacy», Gwendolyn Yates Whittle e Addison Teague
- «True Grit», Skip Lievsay e Craig Berkey
- «Unstoppable», Mark P. Stoeckinger

Melhor Mistura de Som:
- «Inception», Lora Hirschberg, Gary A. Rizzo e Ed Novick
- «The King`s Speech», Paul Hamblin, Martin Jensen e John Midgley
- «Salt», Jeffrey J. Haboush, Greg P. Russell, Scott Millan e William Sarokin
- «The Social Networkl», Ren Klyce, David Parker, Michael Semanick e Mark Weingarten
- «True Grit», Skip Lievsay, Craig Berkey, Greg Orloff e Peter F. Kurland

Melhores Efeitos Especiais:
- «Alice in Wonderland», Ken Ralston, David Schaub, Carey Villegas e Sean Phillips
- «Harry Potter and the Deathly Hallows - Part I», Tim Burke, John Richardson, Christian Manz e Nicolas Aithadi
- «Hereafter», Michael Owens, Bryan Grill, Stephan Trojanski e Joe Farrell
- «Inception», Paul Franklin, Chris Corbould, Andrew Lockley e Peter Bebb
- «Ironman 2», Janek Sirrs, Ben Snow, Ged Wright e Daniel Sudick

18 janeiro, 2011

Toy Story 3

Realização: Lee Unkrich
Vozes: Tom Hanks, Tim Allen, Joan Cusack, John Morris, Michael Keaton
Ano: 2010
-----------------------------------------------------------------------                Toy Story 3 começa lembrando-nos do quanto fértil é a imaginação de uma criança, colocando logo o espectador numa cena de acção que mistura elementos de faroeste com ficção cientifica, dinossauros, e até uma nave em forma de porco. Uma cena curta mas cheia de ritmo em que cada momento é mais bizarro que o anterior, representando uma brincadeira de Andy enquanto criança. Aqui, não só nos lembramos do quanto surreal conseguia ser a nossa imaginação quando éramos crianças, mas é também – pelo menos para aqueles que viram os primeiros capítulos na altura - um reencontro com personagens que marcaram a nossa infância. Depois da cena inicial, vemos vários momentos da vida de Andy, sempre na companhia dos seus brinquedos, até que encontramos os que sobraram num baú, com um Andy já crescido.
        Os brinquedos lutam e sonham por mais uma brincadeira com o seu dono, mas este, ao contrário de Woody e companhia, está diferente. Já não olha para os mesmos com a magia que olhava outrora e certos gestos ou falas chegam a mostrar algum desprezo para com os brinquedos da sua infância. Chega a ser cruel, de certa forma, mas representa algo que todos nós já passamos, e que é impossível o espectador não se rever. Chama-se crescer.


        Enquanto Andy trata das arrumações para a universidade, decide levar Woody consigo como uma recordação dos seus tempos de garoto e deixar os restantes brinquedos no sótão. Contudo, com as reviravoltas do destino, todos os brinquedos acabam por ser doados a uma creche chamada Sunnyside, um sítio que, apesar das aparências iniciais, se revela um verdadeiro terror para os brinquedos. Apercebendo-se que Sunnyside não é lugar para eles, decidem então planear uma fuga desta ‘prisão’.
        A partir daqui o filme entra num crescendo de emoções. Desde risos, a momentos de cortar a respiração, a suspiros de alívio, o filme consegue ser cómico, divertido, e ao mesmo tempo possui uma certa dose de drama, tudo nas proporções certas. O drama aqui nunca é levado ao extremo, mas mesmo assim a Pixar consegue de uma forma subtil tocar nos pontos certos no nosso interior para nos fazer comover. De destacar, tentando não criar spoilers, o momento em que os brinquedos sentem que não há mais nada a fazer para além de darem as mãos. Um momento que apenas ele é o suficiente para provar Toy Story 3 como o melhor filme da Pixar até hoje.


        A nível cómico, os créditos vão principalmente para dois aspectos: A personagem Ken, um brinquedo metro-sexual e inseguro de si próprio por ser um brinquedo de menina, e a versão castelhana de Buzz com as suas peripécias para impressionar Jessy.
        Toy Story 3 é uma última brincadeira com personagens que acompanharam parte das nossas vidas. Dá a oportunidade às crianças que viram os primeiros dois capítulos da trilogia na altura a serem crianças mais uma vez. É normal que o filme tenha mais impacto para aqueles que cresceram com as personagens do que para os que só recentemente tiveram contacto com o mundo de Toy Story. Mesmo sendo um filme de animação, o filme apela mais ao público maduro do que ao público infantil: São os mais velhos que choram na despedida dos brinquedos sob o olhar confuso dos pequeninos. Ver Toy Story 3 é como ver um álbum de fotos nossas, onde revemos em Andy fases da nossa vida e para um certo público, o próprio filme pode ser uma recordação da nossa infância.
        A Pixar termina assim saga com chave de ouro, superando a fasquia dos dois filmes anteriores que já era bastante alta, e criando um marco no cinema de animação.

.João Miranda
[9/10]