21 abril, 2011

Battle: Los Angeles

Realização: Jonathan Liebesman
Interpretação: Aaron Eskhart, Ramon Rodriguez, Michelle Rodriguez
Ano: 2011

Os extraterrestres voltam a invadir o cinema em Battle Los Angeles, desta vez retratando a invasão de um ponto de vista militar. No entanto aproxima-se mais de um filme de guerra em que o inimigo aqui é um exército alienígena com uma tecnologia militar superior e também visualmente mais interessante.
Depois de uma introdução às personagens desnecessariamente longa, o filme coloca toda a sua atenção nas cenas de acção. Não é mau de todo porque, verdade seja dita, quem vai ao cinema ver um filme como Battle Los Angeles vai pelos tiroteios, pelas explosões, pelas cenas de destruição. O porquê disto tudo estar a acontecer é secundário. E sim, o filme consegue ter cenas de acção bastante agradáveis, mas obviamente tal não é suficiente. A história é deixada de lado e tanto o principio como o fim parecem forçados. Apenas a personagem de Aaron Ekhart, Michael Nantz, é explorada e mesmo assim muito ao de leve. Os diálogos não possuem credibilidade e as personagens são tão vazias que no fim mal nos lembramos do nome delas.


O filme chega a cair no ridículo com momentos de drama que mais provavelmente fazem o espectador revirar os olhos do que comover-se, ou com o par de crianças que acompanha a história que pouco mais fazem para além de chorar e gritar. Pelo meio há dezenas de clichés que vão desde um patriotismo exagerado até à capacidade dos fuzileiros realizarem o impossível.
E se o trabalho visual e os efeitos especiais das naves estão bem conseguidos, o mesmo já não se aplica aos alienígenas, tendo um aspecto desinteressante e nunca dando ao espectador uma boa visualização dos mesmos – algo que parece que se tornou moda desde Signs.
Battle Los Angeles é apenas mais um filme de acção daqueles onde até é recomendado não pensarmos muito para o podermos apreciar. Numa altura em que o cinema inteligente e o cinema pop já encontraram o equilíbrio em filmes como District 9 ou Inception, Battle Los Angeles surge como um título que dificilmente agradará o espectador.

.João Miranda
[4/10]

19 abril, 2011

Blue Valentine

Realização: Derek Cianfrance
Interpretação: Ryan Gosling, Michelle Williams
Ano: 2010

Blue Valentine conta-nos duas histórias. Numa vemos o nascer de uma paixão entre um rapaz e uma rapariga, desde as primeiras tentativas de conquista e os primeiros encontros até que os dois acabam por formar um casal. A segunda história mostra-nos um casal de marido e mulher, já com uma filha de 6 anos, com uma relação e um sentimento a desvanecer-se simplesmente pela falta de paciência de o manter. O que torna Blue Valentine um filme interessante é que ambas as narrativas retratam o mesmo casal.
Já se tornou claro que o público começa a aborrecer-se de romances onde tudo é bonito e perfeito e começa a apreciar o lado mais realista dos mesmos. Prova disso é o sucesso de filmes como 500 Days of Summer que é hoje um dos favoritos de muitos, ou o já clássico Eternal Sunshine of The Spotless Mind, um dos primeiros filmes a retratar uma relação amorosa de forma realista, com todas as imperfeições que esta acarreta.


Blue Valentine segue a mesma linha desses dois filmes. No presente vemos Dean (Ryan Gosling) e Cindy (Michelle Williams) como um casal já cansado e aborrecido que decide tentar reacender a chama numa relação cada vez menos ardente. Em flashbacks são retratados os primeiros momentos do romance, que tal como os primeiros momentos das relações fora do ecrã, também eles eram perfeitos e com um sentimento que parecia nunca ter fim.
Embora igualmente belas, as narrativas são verdadeiros opostos. A acompanhar isso temos a fotografia de Andrij Parekh, mostrando o passado de forma colorida e viva e o presente de uma forma triste e sombria. Ao mesmo tempo, Ryan Gosling e Michelle Williams conduzem essa dualidade de tons e sentimentos interpretando duas facetas distintas de cada personagem: Aquilo que eram no principio e no fim da relação. No fundo são as mesmas pessoas, e o espectador sente isso. O que mudou foi a forma como olhavam uma para a outra.
É um filme minimalista. E numa altura em que o cinema aposta cada vez mais em estruturas complexas, seja a nível narrativo ou visual, Blue Valentine destaca-se mesmo pela simplicidade que o acompanha em todas as arestas. Não existem aqui cenários muito diferentes daqueles que vemos todos os dias, nem personagens complexas, conseguindo assim acompanhar o realismo da narrativa. É um filme humilde, em que os momentos que ficam na memória do espectador são episódios simples da história do casal. Quem o viu, certamente não esquecerá momentos como a dança de Cindy ao som de uma melodia de Dean.
Blue Valentine é uma história de amor que retrata tanto a parte bela como a dolorosa do sentimento, pegando numa história que acontece aqui e ali para a tornar numa verdadeira obra de arte.

.João Miranda
[7/10]

18 abril, 2011

Primeiras fotos de Harry Potter and the Deathly Hallows: Part 2

As primeiras imagens do próximo e último filme da saga Harry Potter foram hoje colocadas online pela Entertainement Weekly.
Neste último capitulo, realizado por David Yates e com argumento de Steve Cloves, Harry volta a Hogwarts na busca dos últimos Horcruxes enquanto Voldemort o tenta impedir.
Harry Potter and the Deathly Hallows: Part 2 tem estreia marcada em Portugal a 16 de Julho.








13 abril, 2011

Tom Hanks confirmado em Cloud Atlas


Tom Hanks será um dos intérpretes do novo filme dos irmãos Wachowsky, Cloud Atlas. O filme será baseado na obra homónima de David Mitchell, um romance num espaço temporal de 1850 até ao futuro, que conta seis histórias interligadas pelas acções e consequências de cada uma delas.
Ao lado de Andy e Lana Wachowsky estará o alemão Tom Tykwer (Run, Lola, Run), responsavel pelo argumento. Os actores James McAvoy e Halle Berry também já foram anunciados como possíveis intérpretes, mas até agora do Hanks obteve confirmação.
Cloud Atlas encontra-se em pré-produção, começará a ser filmado em Setemebro e chegará aos cinemas em 2012.

12 abril, 2011

Estreia de Mortal Kombat: Legacy


Estreou hoje o primeiro episódio de Mortal Kombat: Legacy. A série online poderá ser seguida na página do youtube da Machinima.
Legacy terá nove episódios. Cada um deles levará os apreciadores de Mortal Kombat a conhecerem as origens e morivações das personagens da saga, numa aproximação mais moderna e realista das mesmas.
Realizada por Kevin Tancharoen (Fame), conta com interpretações de Jeri Ryan (Star Trek: Voyager) como Sonya Blade, Michael Jai White (The Dark Knight) como Jaz Briggs e Darren Shahlavi (300) no papel de Kao.
A série seguirá a mesma linda de Mortal Kombat: Rebirth, uma curta/trailer que estreou em Junho no youtube.

Aqui fica o primeiro episódio de Mortal Kombat: Legacy.

11 abril, 2011

The Social Network

Realização: David Fincher
Interpretação: Jesse Eisenberg, Andrew Garfield, Justin Timberlake
Ano: 2010

Admito que quando soube que David Fincher estava a realizar um filme sobre a criação do Facebook fiquei pouco entusiasmado. Afinal, porque haveria o realizador de Fight Club realizar um filme sobre a criação de uma rede social? Não haveria projectos mais interessantes por onde pegar? É óbvio que, depois de ver o filme, apercebi-me que Fincher e o argumentista Aaron  Sorkin sabiam aquilo que estavam a fazer. É curioso como uma história sobre a criação de uma empresa por geeks informáticos consegue ser uma viagem tão emocionante como a retratada em The Social Network.
O filme começa com um diálogo entre Mark Zuckerberg (Jesse Eisenberg) e a sua namorada Erica Albright (Rooney Mara), que depressa se torna numa batalha verbal terminando com o rompimento da relação. Enraivecido, Mark decide vingar-se da ex-namorada expondo detalhes íntimos da mesma no seu blog, criando ao mesmo tempo um site incorporado na rede de Harvard onde as alunas da universidade eram comparadas a nível sensual.


Este episódio foi o primeiro passo para a criação do Facebook e é também uma forma de apresentar ao espectador a personagem que o acompanhará ao longo do filme.
Mark é alguém com um intelecto admirável. Esta qualidade tornou-o arrogante e com sentimentos de superioridade. É a personagem principal, mas não é necessariamente o “herói” do filme. The Social Network conta uma história de um ponto de vista imparcial, deixando ao espectador a liberdade de formar a sua própria opinião para cada uma das personagens.
A história da criação da rede social é contada através de flashbacks, sendo que o presente se passa à volta de uma mesa redonda onde a personagem de Jesse Eisenberg carrega às costas dois processos judiciais contra ele - um deles, do seu ex-melhor amigo e co-fundador do Facebook, Eduardo Saverin (Andrew Garfield).
The Social Network aborda temas como a amizade, traição e ganância. De destacar a ganância de todas as personagens envolvidas na criação da rede social, querendo sempre mais tanto para a mesma como para o seu bolso. É também uma história de solidão, tendo Mark poucos amigos no princípio do filme e ainda menos no fim – foi provavelmente esta característica que o levou a criar uma rede social.
A narrativa é contada a um ritmo alucinante, e o melhor exemplo é a velocidade dos diálogos, extremamente rápidos desde a primeira cena, como se estes fossem um desafio intelectual à capacidade do espectador os acompanhar. E a verdade é que é necessária uma boa capacidade de concentração para poder acompanhar a história e percebe-la a 100%. Da mesma forma, conhecimentos a nível de termos empresariais ou informáticos também ajudam. Isto será um ponto a favor para quem procura um filme inteligente, mas pode também ser um motivo de frustração para quem procura algo mais leve e descontraído.
A banda sonora, feita por Trent Reznor (aka Nine Inch Nails) e Atticus Ross, é uma das melhores dos últimos tempos (a Academia e os Globos de Ouro comprovam-no). Encaixa-se tão bem em cada cena e no ambiente do filme que muitas vezes nem nos apercebemos que ela está lá – mas está, e isso faz a diferença toda.
The Social Network é um filme brilhante, com nenhumas falhas relevantes a apontar, dando-nos a conhecer a história da criação de uma rede social que muitos de nós usamos diariamente.

.João Miranda
[10/10]



28 fevereiro, 2011

Óscares 2011 - Vencedores

 
       A cerimónia de Óscares deste ano decorreu sem grandes surpresas. The King's Speech foi o vencedor da noite, arrecadando quatro das estatuetas principais, seguindo-se de Inception, também com quatro, e The Social Network, com três.

       Segue-se a lista de vencedores:

Melhor Filme:
- «The King's Speech»

Melhor Realizador:
 - Tom Hooper, «The King's Speech»

Melhor Argumento Adaptado:
- «The Social Networkl», argumento de Aaron Sorkin

Melhor Argumento Original:
- «The King`s Speech», argumento de David Seidler 

Melhor Actriz Principal:
- Natalie Portman, «Black Swan»

Melhor Actor Principal:
- Colin Firth, «The King's Speech»

Melhor Actriz Secundária:
- Melissa Leo, «The Fighter»

Melhor Actor Secundário:
- Christian Bale, «The Fighter»

Melhor Filme de Animação:
- «Toy Story 3», Lee Unkrich

Melhor Direcção Artística:
- «Alice in Wonderland», Robert Stromberg e Karen O'Hara

Melhor Fotografia: 
- «Inception», Wally Pfister

Melhor Guarda-Roupa:
- «Alice in Wonderland», Colleen Atwood
Melhor Documentário:
- «Inside Job», Charles Ferguson e Audrey Marrs

Melhor Curta-Metragem Documental:
- «Strangers No More», Karen Goodman e Kirk Simon

Melhor Montagem:
- «A Rede Social», Angus Wall e Kirk Baxter

Melhor Filme Estrangeiro:
- «In a Better World», Dinamarca

Melhor Caracterização:
- «The Wolfman», Rick Baker e Dave Elsey

Melhor Banda Sonora:
- «A Rede Social», Trent Reznor e Atticus Ross

Melhor Canção:
- «We Belong Together«, de «Toy Story 3«, música e letra de Randy Newman

Melhor Curta-Metragem de Animação:
- «The Lost Thing«, Shaun Tan e Andrew Ruhemann

Melhor Curta-Metragem:
- «God of Love», Luke Matheny

Melhor Edição de Som:
- «Inception», Richard King

Melhor Mistura de Som:
- «Inception», Lora Hirschberg, Gary A. Rizzo e Ed Novick

Melhores Efeitos Especiais:
- «Inception», Paul Franklin, Chris Corbould, Andrew Lockley e Peter Bebb

25 janeiro, 2011

Novas sequelas de Matrix


        Os irmãos Wachowski estão a trabalhar no 4º e 5º capitulo da saga Matrix. A confirmação foi dada pelo actor Keanu Reeves durante a promoção do filme Henry's Crime, em Londres.
        Reeves afirmou que se encontrou com os irmãos Andy e Larry Wachowski no Natal passado, tendo os realizadores afirmado que já tinham os argumentos preparatórios para os novos filmes da saga. Os cineastas afirmaram ainda que ambos serão filmados em 3D e que já travaram contacto com James Cameron para discutir pormenores sobre a tecnologia.
        O actor não escondeu o seu entusiasmo em voltar ao papel de Neo, e sublinhou que a dupla de realizadores pretende que os novos filmes causem tanto impacto quanto o primeiro capitulo da saga.

Óscares 2011 - Nomeações


        Começou a jornada para a 83º edição dos óscares, tendo sido hoje conhecidos os nomeados para os prémios de cinema mais populares.
        The King's Speech e True Grit são os mais nomeados, com 12 e 10 nomeações respectivamente.
        A cerimónia irá decorrer a 27 de Fevereiro em Kodak Theatre, Hollywood.
        Eis a lista de nomeados:

Melhor Filme:
- «Black Swan»
- «The Fighter»
- «Inception»
- «The Kids Are All Right»
- «The King's Speech»
- «127 Hours»
- «The Social Network»
- «Toy Story 3»
- «True Grit»
- «Winter's Bone»

Melhor Realizador:
- Darren Aronofsky, «Black Swan»
- David O'Russel, «The Fighter»
- Tom Hooper, «The King's Speech»
- David Fincher, «The Social Network»
- Joel Coen e Ethan Coen, «True Grit»

Melhor Argumento Adaptado:
- «127 Hours», argumento de Danny Boyle e Simon Beaufoy
- «The Social Networkl», argumento de Aaron Sorkin
- «Toy Story 3», argumento de Michael Arndt; história de John Lasseter, Andrew Stanton e Lee Unkrich
- «True Grit», escrito para o cinema por Joel Coen e Ethan Coen
- «Winter`s Bone», adaptado para o cinema por Debra Granik e Anne Rosellini

Melhor Argumento Original:
- «Another Year», escrito por Mike Leigh
- «The Fighter», argumento de Scott Silver e Paul Tamasy e Eric Johnson; história de Keith Dorrington e Paul Tamasy e Eric Johnson
- «Inception», escrito por Christopher Nolan
- «The Kids Are All Right», escrito por Lisa Cholodenko e Stuart Blumberg
- «The King`s Speech», argumento de David Seidler 

Melhor Actriz Principal:
- Annete Bening, «The Kids Are All Right»
- Nicole Kidman, «Rabbit Hole»
- Jennifer Lawrence, «Winter's Bone»
- Natalie Portman, «Black Swan»
- Michelle Williams, «Blue Valentine»

Melhor Actor Principal:
- Javier Barden, «Biutiful»
- Jeff Bridges, «True Grit»
- Jesse Eisenberg, «The Social Network»
- Colin Firth, «The King's Speech»
- James Franco, «127 Hours»

Melhor Actriz Secundária:
- Amy Adams, «The Fighter»
- Helena Bonham Carter, «The King's Speech»
- Melissa Leo, «The Fighter»
- Hailee Steinfeld, «True Grit»
- Jackie Weaver, «Animal Kingdom»

Melhor Actor Secundário:
- Christian Bale, «The Fighter»
- John Hawkes, «Winter`s Bone»
- Jeremy Renner, «The Town»
- Mark Ruffalo, «The Kids Are All Right»
- Geoffrey Rush, «The King`s Speech - O Discurso do Rei»

Melhor Filme de Animação:
- «How to Train Your Dragon», Chris Sanders e Dean DeBlois
- «L'illusionnist», Sylvain Chomet
- «Toy Story 3», Lee Unkrich

Melhor Direcção Artística:
- «Alice in Wonderland», Robert Stromberg e Karen O'Hara
- «Harry Potter and the Deathly Hallows - Part I», Stuart Craig e Stephenie McMillan
- «Inception», Guy Hendrix Dyas e Larry Dias e Doug Mowat
- «The King`s Speechi», Eve Stewart e Judy Farr
- «True Grit», Jess Gonchor e Nancy Haigh

Melhor Fotografia:
- «Black Swan», Matthew Libatique
- «Inception», Wally Pfister
- «The King`s Speech - O Discurso do Rei», Danny Cohen
- «Social Network», Jeff Cronenweth
- «True Grit», Roger Deakins

Melhor Guarda-Roupa:
- «Alice in Wonderland», Colleen Atwood
- «Io Sono L'amore», Antonella Cannarozzi
- «The King`s Speech», Jenny Beavan
- «The Tempest», Sandy Powell
- «True Grit», Mary Zophres

Melhor Documentário:
- «Exit Through the Gift Shop», Banksy e Jaimie D`Cruz
- «Gasland», Josh Fox e Trish Adlesic
- «Inside Job», Charles Ferguson e Audrey Marrs
- «Restrepo», Tim Hetherington e Sebastian Junger
- «Waste Land», Lucy Walker e Angus Aynsley

Melhor Curta-Metragem Documental:
- «Killing in the Name» (nomeados por determinar)
- «Poster Girl» (nomeados por determinar)
- «Strangers No More», Karen Goodman e Kirk Simon
- «Sun Come Up», Jennifer Redfearn e Tim Metzger
- «The Warriors of Qiugang», Ruby Yang e Thomas Lennon

Melhor Montagem:
- «Black Swan», Andrew Weisblum
- «The Fighter», Pamela Martin
- «The King`s Speech», Tariq Anwar
- «127 Hours», Jon Harris
- «A Rede Social», Angus Wall e Kirk Baxter

Melhor Filme Estrangeiro:
- «Biutiful», México
- «Dogtooth», Grécia
- «In a Better World», Dinamarca
- «Incendies», Canadá
- «Outside the Law (Hors-la-Loi)», Argélia

Melhor Caracterização:
- «Barney`s Version», Adrien Morot
- «The Way Back», Edouard F. Henriques, Gregory Funk e Yolanda Toussieng
- «The Wolfman», Rick Baker e Dave Elsey

Melhor Banda Sonora:
- «How to Train Your Dragon», John Powell
- «Inception», Hans Zimmer
- «The King`s Speech», Alexandre Desplat
- «127 Hours», A.R. Rahman
- «A Rede Social», Trent Reznor e Atticus Ross

Melhor Canção:
- «Coming Home», de «Country Strong», música e letra de Tom Douglas, Troy Verges e Hillary Lindsey
- «I See the Light», de «Tangled», música de Alan Menken e letra de Glenn Slater
- «If I Rise«, de «127 Hours», música de A.R. Rahman e letra de Dido e Rollo Armstrong
- «We Belong Together«, de «Toy Story 3«, música e letra de Randy Newman

Melhor Curta-Metragem de Animação:
- «Day & Night«, Teddy Newton
- «The Gruffalo«, Jakob Schuh e Max Lang
- «Let`s Pollute», Geefwee Boedoe
- «The Lost Thing«, Shaun Tan e Andrew Ruhemann
- «Madagascar, Carnet de Voyage (Madagascar, a Journey Diary)», Bastien Dubois

Melhor Curta-Metragem:
- «The Confession», Tanel Toom
- «The Crush», Michael Creagh
- «God of Love», Luke Matheny
- «Na Wewe», Ivan Goldschmidt
- «Wish 143», Ian Barnes and Samantha Waite

Melhor Edição de Som:
- «Inception», Richard King
- «Toy Story 3», Tom Myers e Michael Silvers
- «Tron: Legacy», Gwendolyn Yates Whittle e Addison Teague
- «True Grit», Skip Lievsay e Craig Berkey
- «Unstoppable», Mark P. Stoeckinger

Melhor Mistura de Som:
- «Inception», Lora Hirschberg, Gary A. Rizzo e Ed Novick
- «The King`s Speech», Paul Hamblin, Martin Jensen e John Midgley
- «Salt», Jeffrey J. Haboush, Greg P. Russell, Scott Millan e William Sarokin
- «The Social Networkl», Ren Klyce, David Parker, Michael Semanick e Mark Weingarten
- «True Grit», Skip Lievsay, Craig Berkey, Greg Orloff e Peter F. Kurland

Melhores Efeitos Especiais:
- «Alice in Wonderland», Ken Ralston, David Schaub, Carey Villegas e Sean Phillips
- «Harry Potter and the Deathly Hallows - Part I», Tim Burke, John Richardson, Christian Manz e Nicolas Aithadi
- «Hereafter», Michael Owens, Bryan Grill, Stephan Trojanski e Joe Farrell
- «Inception», Paul Franklin, Chris Corbould, Andrew Lockley e Peter Bebb
- «Ironman 2», Janek Sirrs, Ben Snow, Ged Wright e Daniel Sudick

18 janeiro, 2011

Toy Story 3

Realização: Lee Unkrich
Vozes: Tom Hanks, Tim Allen, Joan Cusack, John Morris, Michael Keaton
Ano: 2010
-----------------------------------------------------------------------                Toy Story 3 começa lembrando-nos do quanto fértil é a imaginação de uma criança, colocando logo o espectador numa cena de acção que mistura elementos de faroeste com ficção cientifica, dinossauros, e até uma nave em forma de porco. Uma cena curta mas cheia de ritmo em que cada momento é mais bizarro que o anterior, representando uma brincadeira de Andy enquanto criança. Aqui, não só nos lembramos do quanto surreal conseguia ser a nossa imaginação quando éramos crianças, mas é também – pelo menos para aqueles que viram os primeiros capítulos na altura - um reencontro com personagens que marcaram a nossa infância. Depois da cena inicial, vemos vários momentos da vida de Andy, sempre na companhia dos seus brinquedos, até que encontramos os que sobraram num baú, com um Andy já crescido.
        Os brinquedos lutam e sonham por mais uma brincadeira com o seu dono, mas este, ao contrário de Woody e companhia, está diferente. Já não olha para os mesmos com a magia que olhava outrora e certos gestos ou falas chegam a mostrar algum desprezo para com os brinquedos da sua infância. Chega a ser cruel, de certa forma, mas representa algo que todos nós já passamos, e que é impossível o espectador não se rever. Chama-se crescer.


        Enquanto Andy trata das arrumações para a universidade, decide levar Woody consigo como uma recordação dos seus tempos de garoto e deixar os restantes brinquedos no sótão. Contudo, com as reviravoltas do destino, todos os brinquedos acabam por ser doados a uma creche chamada Sunnyside, um sítio que, apesar das aparências iniciais, se revela um verdadeiro terror para os brinquedos. Apercebendo-se que Sunnyside não é lugar para eles, decidem então planear uma fuga desta ‘prisão’.
        A partir daqui o filme entra num crescendo de emoções. Desde risos, a momentos de cortar a respiração, a suspiros de alívio, o filme consegue ser cómico, divertido, e ao mesmo tempo possui uma certa dose de drama, tudo nas proporções certas. O drama aqui nunca é levado ao extremo, mas mesmo assim a Pixar consegue de uma forma subtil tocar nos pontos certos no nosso interior para nos fazer comover. De destacar, tentando não criar spoilers, o momento em que os brinquedos sentem que não há mais nada a fazer para além de darem as mãos. Um momento que apenas ele é o suficiente para provar Toy Story 3 como o melhor filme da Pixar até hoje.


        A nível cómico, os créditos vão principalmente para dois aspectos: A personagem Ken, um brinquedo metro-sexual e inseguro de si próprio por ser um brinquedo de menina, e a versão castelhana de Buzz com as suas peripécias para impressionar Jessy.
        Toy Story 3 é uma última brincadeira com personagens que acompanharam parte das nossas vidas. Dá a oportunidade às crianças que viram os primeiros dois capítulos da trilogia na altura a serem crianças mais uma vez. É normal que o filme tenha mais impacto para aqueles que cresceram com as personagens do que para os que só recentemente tiveram contacto com o mundo de Toy Story. Mesmo sendo um filme de animação, o filme apela mais ao público maduro do que ao público infantil: São os mais velhos que choram na despedida dos brinquedos sob o olhar confuso dos pequeninos. Ver Toy Story 3 é como ver um álbum de fotos nossas, onde revemos em Andy fases da nossa vida e para um certo público, o próprio filme pode ser uma recordação da nossa infância.
        A Pixar termina assim saga com chave de ouro, superando a fasquia dos dois filmes anteriores que já era bastante alta, e criando um marco no cinema de animação.

.João Miranda
[9/10]