04 março, 2010

Fight Club

Realização: David Fincher  
Interpretação: Brad Pitt, Edward Norton, Helena Bonham Carter
Ano: 1999 

       O Narrador (Edward Norton) é uma alguém rendido ao consumismo, com uma vida simples, segura, mas isenta de significado. Atormentado pelo vazio da sua vida encontrou salvação participando em terapias de grupo, ouvido relatos de vidas bem piores que a sua, conseguindo assim sentir-se calmo e completo. Mas é quando conhece Tyler Durden (Brad Pitt) que descobre uma forma de mudar a sua vida radicalmente.
       E é ao entrar em cena Tyler Durden que somos bombardeados com filosofias de vida e formas de pensar que, de uma forma ou de outra, acabam por ter impacto em nós. A personagem interpretada por Brad Pitt está sempre disposta a mostrar os seus pontos de vista niilistas e anti-capitalistas ao longo do filme. Repleta de carisma e confiança nas suas crenças, é o ponto principal da essência do filme.


      Fight Club é a representação de um estilo de vida e uma forma de pensar completamente diferente ao que a maioria de nós está habituado. É uma revolução cultural, um grito de revolta contra uma sociedade consumista e superficial. Faz-nos pensar sobre o mundo que nos rodeia e sobre os valores da sociedade. É, mais do que visualmente, psicologicamente violento: Faz o espectador pensar em coisas que provavelmente seria melhor não o fazer. É um dos poucos filmes capazes de mudar a perspectiva de alguém.
       No meio disto tudo, Marla (Helena Carter) dá o toque feminino ao filme, dado lugar para um pouco de romance.
       Fight Club não é um filme acessivel. Devido à sua complexidade e à  agressividade da mensagem que transmite é provável que muitos não gostem ou o interpretem de forma errada. Mas com um elenco empenhado, uma narrativa forte e com um final surpreendente, não há desculpa não não ver um dos maiores filmes de culto.

.João Miranda
[9/10]

1 comentários:

João Fernandes disse...

Boa crítica esta, não vejo melhor forma de espelhar tudo o que este filme representa. É daquele tipo de filmes que se odeia ou que nos toca de uma maneira especial, um gostinho de rebeldia e de consecutiva liberdade. Há que ser visto e revisto... não dá para interpretá-lo como um simples filme de porrada, aqui há muito mais que isso, há muito mais a descobrir e a mudar tudo o que não somos mas que insistimos ser. No meu top 10 forever.
Stay Cool.

João Fernandes

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