Interpretação: Aaron Eskhart, Ramon Rodriguez, Michelle Rodriguez
Ano: 2011
Os extraterrestres voltam a invadir o cinema em Battle Los Angeles, desta vez retratando a invasão de um ponto de vista militar. No entanto aproxima-se mais de um filme de guerra em que o inimigo aqui é um exército alienígena com uma tecnologia militar superior e também visualmente mais interessante.
Depois de uma introdução às personagens desnecessariamente longa, o filme coloca toda a sua atenção nas cenas de acção. Não é mau de todo porque, verdade seja dita, quem vai ao cinema ver um filme como Battle Los Angeles vai pelos tiroteios, pelas explosões, pelas cenas de destruição. O porquê disto tudo estar a acontecer é secundário. E sim, o filme consegue ter cenas de acção bastante agradáveis, mas obviamente tal não é suficiente. A história é deixada de lado e tanto o principio como o fim parecem forçados. Apenas a personagem de Aaron Ekhart, Michael Nantz, é explorada e mesmo assim muito ao de leve. Os diálogos não possuem credibilidade e as personagens são tão vazias que no fim mal nos lembramos do nome delas.
O filme chega a cair no ridículo com momentos de drama que mais provavelmente fazem o espectador revirar os olhos do que comover-se, ou com o par de crianças que acompanha a história que pouco mais fazem para além de chorar e gritar. Pelo meio há dezenas de clichés que vão desde um patriotismo exagerado até à capacidade dos fuzileiros realizarem o impossível.
E se o trabalho visual e os efeitos especiais das naves estão bem conseguidos, o mesmo já não se aplica aos alienígenas, tendo um aspecto desinteressante e nunca dando ao espectador uma boa visualização dos mesmos – algo que parece que se tornou moda desde Signs.
Battle Los Angeles é apenas mais um filme de acção daqueles onde até é recomendado não pensarmos muito para o podermos apreciar. Numa altura em que o cinema inteligente e o cinema pop já encontraram o equilíbrio em filmes como District 9 ou Inception, Battle Los Angeles surge como um título que dificilmente agradará o espectador.
.João Miranda
[4/10]