21 abril, 2011

Battle: Los Angeles

Realização: Jonathan Liebesman
Interpretação: Aaron Eskhart, Ramon Rodriguez, Michelle Rodriguez
Ano: 2011

Os extraterrestres voltam a invadir o cinema em Battle Los Angeles, desta vez retratando a invasão de um ponto de vista militar. No entanto aproxima-se mais de um filme de guerra em que o inimigo aqui é um exército alienígena com uma tecnologia militar superior e também visualmente mais interessante.
Depois de uma introdução às personagens desnecessariamente longa, o filme coloca toda a sua atenção nas cenas de acção. Não é mau de todo porque, verdade seja dita, quem vai ao cinema ver um filme como Battle Los Angeles vai pelos tiroteios, pelas explosões, pelas cenas de destruição. O porquê disto tudo estar a acontecer é secundário. E sim, o filme consegue ter cenas de acção bastante agradáveis, mas obviamente tal não é suficiente. A história é deixada de lado e tanto o principio como o fim parecem forçados. Apenas a personagem de Aaron Ekhart, Michael Nantz, é explorada e mesmo assim muito ao de leve. Os diálogos não possuem credibilidade e as personagens são tão vazias que no fim mal nos lembramos do nome delas.


O filme chega a cair no ridículo com momentos de drama que mais provavelmente fazem o espectador revirar os olhos do que comover-se, ou com o par de crianças que acompanha a história que pouco mais fazem para além de chorar e gritar. Pelo meio há dezenas de clichés que vão desde um patriotismo exagerado até à capacidade dos fuzileiros realizarem o impossível.
E se o trabalho visual e os efeitos especiais das naves estão bem conseguidos, o mesmo já não se aplica aos alienígenas, tendo um aspecto desinteressante e nunca dando ao espectador uma boa visualização dos mesmos – algo que parece que se tornou moda desde Signs.
Battle Los Angeles é apenas mais um filme de acção daqueles onde até é recomendado não pensarmos muito para o podermos apreciar. Numa altura em que o cinema inteligente e o cinema pop já encontraram o equilíbrio em filmes como District 9 ou Inception, Battle Los Angeles surge como um título que dificilmente agradará o espectador.

.João Miranda
[4/10]

19 abril, 2011

Blue Valentine

Realização: Derek Cianfrance
Interpretação: Ryan Gosling, Michelle Williams
Ano: 2010

Blue Valentine conta-nos duas histórias. Numa vemos o nascer de uma paixão entre um rapaz e uma rapariga, desde as primeiras tentativas de conquista e os primeiros encontros até que os dois acabam por formar um casal. A segunda história mostra-nos um casal de marido e mulher, já com uma filha de 6 anos, com uma relação e um sentimento a desvanecer-se simplesmente pela falta de paciência de o manter. O que torna Blue Valentine um filme interessante é que ambas as narrativas retratam o mesmo casal.
Já se tornou claro que o público começa a aborrecer-se de romances onde tudo é bonito e perfeito e começa a apreciar o lado mais realista dos mesmos. Prova disso é o sucesso de filmes como 500 Days of Summer que é hoje um dos favoritos de muitos, ou o já clássico Eternal Sunshine of The Spotless Mind, um dos primeiros filmes a retratar uma relação amorosa de forma realista, com todas as imperfeições que esta acarreta.


Blue Valentine segue a mesma linha desses dois filmes. No presente vemos Dean (Ryan Gosling) e Cindy (Michelle Williams) como um casal já cansado e aborrecido que decide tentar reacender a chama numa relação cada vez menos ardente. Em flashbacks são retratados os primeiros momentos do romance, que tal como os primeiros momentos das relações fora do ecrã, também eles eram perfeitos e com um sentimento que parecia nunca ter fim.
Embora igualmente belas, as narrativas são verdadeiros opostos. A acompanhar isso temos a fotografia de Andrij Parekh, mostrando o passado de forma colorida e viva e o presente de uma forma triste e sombria. Ao mesmo tempo, Ryan Gosling e Michelle Williams conduzem essa dualidade de tons e sentimentos interpretando duas facetas distintas de cada personagem: Aquilo que eram no principio e no fim da relação. No fundo são as mesmas pessoas, e o espectador sente isso. O que mudou foi a forma como olhavam uma para a outra.
É um filme minimalista. E numa altura em que o cinema aposta cada vez mais em estruturas complexas, seja a nível narrativo ou visual, Blue Valentine destaca-se mesmo pela simplicidade que o acompanha em todas as arestas. Não existem aqui cenários muito diferentes daqueles que vemos todos os dias, nem personagens complexas, conseguindo assim acompanhar o realismo da narrativa. É um filme humilde, em que os momentos que ficam na memória do espectador são episódios simples da história do casal. Quem o viu, certamente não esquecerá momentos como a dança de Cindy ao som de uma melodia de Dean.
Blue Valentine é uma história de amor que retrata tanto a parte bela como a dolorosa do sentimento, pegando numa história que acontece aqui e ali para a tornar numa verdadeira obra de arte.

.João Miranda
[7/10]

18 abril, 2011

Primeiras fotos de Harry Potter and the Deathly Hallows: Part 2

As primeiras imagens do próximo e último filme da saga Harry Potter foram hoje colocadas online pela Entertainement Weekly.
Neste último capitulo, realizado por David Yates e com argumento de Steve Cloves, Harry volta a Hogwarts na busca dos últimos Horcruxes enquanto Voldemort o tenta impedir.
Harry Potter and the Deathly Hallows: Part 2 tem estreia marcada em Portugal a 16 de Julho.








13 abril, 2011

Tom Hanks confirmado em Cloud Atlas


Tom Hanks será um dos intérpretes do novo filme dos irmãos Wachowsky, Cloud Atlas. O filme será baseado na obra homónima de David Mitchell, um romance num espaço temporal de 1850 até ao futuro, que conta seis histórias interligadas pelas acções e consequências de cada uma delas.
Ao lado de Andy e Lana Wachowsky estará o alemão Tom Tykwer (Run, Lola, Run), responsavel pelo argumento. Os actores James McAvoy e Halle Berry também já foram anunciados como possíveis intérpretes, mas até agora do Hanks obteve confirmação.
Cloud Atlas encontra-se em pré-produção, começará a ser filmado em Setemebro e chegará aos cinemas em 2012.

12 abril, 2011

Estreia de Mortal Kombat: Legacy


Estreou hoje o primeiro episódio de Mortal Kombat: Legacy. A série online poderá ser seguida na página do youtube da Machinima.
Legacy terá nove episódios. Cada um deles levará os apreciadores de Mortal Kombat a conhecerem as origens e morivações das personagens da saga, numa aproximação mais moderna e realista das mesmas.
Realizada por Kevin Tancharoen (Fame), conta com interpretações de Jeri Ryan (Star Trek: Voyager) como Sonya Blade, Michael Jai White (The Dark Knight) como Jaz Briggs e Darren Shahlavi (300) no papel de Kao.
A série seguirá a mesma linda de Mortal Kombat: Rebirth, uma curta/trailer que estreou em Junho no youtube.

Aqui fica o primeiro episódio de Mortal Kombat: Legacy.

11 abril, 2011

The Social Network

Realização: David Fincher
Interpretação: Jesse Eisenberg, Andrew Garfield, Justin Timberlake
Ano: 2010

Admito que quando soube que David Fincher estava a realizar um filme sobre a criação do Facebook fiquei pouco entusiasmado. Afinal, porque haveria o realizador de Fight Club realizar um filme sobre a criação de uma rede social? Não haveria projectos mais interessantes por onde pegar? É óbvio que, depois de ver o filme, apercebi-me que Fincher e o argumentista Aaron  Sorkin sabiam aquilo que estavam a fazer. É curioso como uma história sobre a criação de uma empresa por geeks informáticos consegue ser uma viagem tão emocionante como a retratada em The Social Network.
O filme começa com um diálogo entre Mark Zuckerberg (Jesse Eisenberg) e a sua namorada Erica Albright (Rooney Mara), que depressa se torna numa batalha verbal terminando com o rompimento da relação. Enraivecido, Mark decide vingar-se da ex-namorada expondo detalhes íntimos da mesma no seu blog, criando ao mesmo tempo um site incorporado na rede de Harvard onde as alunas da universidade eram comparadas a nível sensual.


Este episódio foi o primeiro passo para a criação do Facebook e é também uma forma de apresentar ao espectador a personagem que o acompanhará ao longo do filme.
Mark é alguém com um intelecto admirável. Esta qualidade tornou-o arrogante e com sentimentos de superioridade. É a personagem principal, mas não é necessariamente o “herói” do filme. The Social Network conta uma história de um ponto de vista imparcial, deixando ao espectador a liberdade de formar a sua própria opinião para cada uma das personagens.
A história da criação da rede social é contada através de flashbacks, sendo que o presente se passa à volta de uma mesa redonda onde a personagem de Jesse Eisenberg carrega às costas dois processos judiciais contra ele - um deles, do seu ex-melhor amigo e co-fundador do Facebook, Eduardo Saverin (Andrew Garfield).
The Social Network aborda temas como a amizade, traição e ganância. De destacar a ganância de todas as personagens envolvidas na criação da rede social, querendo sempre mais tanto para a mesma como para o seu bolso. É também uma história de solidão, tendo Mark poucos amigos no princípio do filme e ainda menos no fim – foi provavelmente esta característica que o levou a criar uma rede social.
A narrativa é contada a um ritmo alucinante, e o melhor exemplo é a velocidade dos diálogos, extremamente rápidos desde a primeira cena, como se estes fossem um desafio intelectual à capacidade do espectador os acompanhar. E a verdade é que é necessária uma boa capacidade de concentração para poder acompanhar a história e percebe-la a 100%. Da mesma forma, conhecimentos a nível de termos empresariais ou informáticos também ajudam. Isto será um ponto a favor para quem procura um filme inteligente, mas pode também ser um motivo de frustração para quem procura algo mais leve e descontraído.
A banda sonora, feita por Trent Reznor (aka Nine Inch Nails) e Atticus Ross, é uma das melhores dos últimos tempos (a Academia e os Globos de Ouro comprovam-no). Encaixa-se tão bem em cada cena e no ambiente do filme que muitas vezes nem nos apercebemos que ela está lá – mas está, e isso faz a diferença toda.
The Social Network é um filme brilhante, com nenhumas falhas relevantes a apontar, dando-nos a conhecer a história da criação de uma rede social que muitos de nós usamos diariamente.

.João Miranda
[10/10]



28 fevereiro, 2011

Óscares 2011 - Vencedores

 
       A cerimónia de Óscares deste ano decorreu sem grandes surpresas. The King's Speech foi o vencedor da noite, arrecadando quatro das estatuetas principais, seguindo-se de Inception, também com quatro, e The Social Network, com três.

       Segue-se a lista de vencedores:

Melhor Filme:
- «The King's Speech»

Melhor Realizador:
 - Tom Hooper, «The King's Speech»

Melhor Argumento Adaptado:
- «The Social Networkl», argumento de Aaron Sorkin

Melhor Argumento Original:
- «The King`s Speech», argumento de David Seidler 

Melhor Actriz Principal:
- Natalie Portman, «Black Swan»

Melhor Actor Principal:
- Colin Firth, «The King's Speech»

Melhor Actriz Secundária:
- Melissa Leo, «The Fighter»

Melhor Actor Secundário:
- Christian Bale, «The Fighter»

Melhor Filme de Animação:
- «Toy Story 3», Lee Unkrich

Melhor Direcção Artística:
- «Alice in Wonderland», Robert Stromberg e Karen O'Hara

Melhor Fotografia: 
- «Inception», Wally Pfister

Melhor Guarda-Roupa:
- «Alice in Wonderland», Colleen Atwood
Melhor Documentário:
- «Inside Job», Charles Ferguson e Audrey Marrs

Melhor Curta-Metragem Documental:
- «Strangers No More», Karen Goodman e Kirk Simon

Melhor Montagem:
- «A Rede Social», Angus Wall e Kirk Baxter

Melhor Filme Estrangeiro:
- «In a Better World», Dinamarca

Melhor Caracterização:
- «The Wolfman», Rick Baker e Dave Elsey

Melhor Banda Sonora:
- «A Rede Social», Trent Reznor e Atticus Ross

Melhor Canção:
- «We Belong Together«, de «Toy Story 3«, música e letra de Randy Newman

Melhor Curta-Metragem de Animação:
- «The Lost Thing«, Shaun Tan e Andrew Ruhemann

Melhor Curta-Metragem:
- «God of Love», Luke Matheny

Melhor Edição de Som:
- «Inception», Richard King

Melhor Mistura de Som:
- «Inception», Lora Hirschberg, Gary A. Rizzo e Ed Novick

Melhores Efeitos Especiais:
- «Inception», Paul Franklin, Chris Corbould, Andrew Lockley e Peter Bebb